Varejo no Brasil rumo a 2026: tecnologia, pessoas e decisões sob pressão
- One Mentoria
- há 6 dias
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O varejo brasileiro entra em um novo ciclo estrutural até 2026. Dados econômicos mostram um consumidor mais seletivo, margens pressionadas e menor tolerância a ineficiência. Nesse contexto, crescimento passa a depender diretamente de produtividade, decisões rápidas e uso inteligente de dados.
Segundo estudos setoriais, empresas que não avançarem em automação e digitalização tendem a operar com custos até 20% maiores em comparação a concorrentes mais eficientes.
Por que o varejo está se reestruturando agora
O varejo brasileiro caminha para um modelo mais enxuto e orientado por eficiência. Indicadores do IBGE, por meio da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), apontam oscilações relevantes entre segmentos, reforçando a necessidade de ajustes estruturais.
Análises da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e do Centro de Excelência em Varejo da FGV (FGVcev) indicam que os próximos anos exigirão reestruturações organizacionais, revisão de portfólio de lojas, otimização de estoques e maior disciplina na alocação de capital.
Inteligência artificial e automação como resposta operacional
A adoção de inteligência artificial cresce no varejo por resolver problemas concretos: excesso de estoque, ruptura, atendimento lento e decisões baseadas apenas em histórico ou percepção.
Estudos globais indicam que o uso estruturado de IA pode gerar:
até 15% de redução em custos operacionais
entre 10% e 20% de aumento de eficiência em estoques
ganho médio de 30% de velocidade em processos decisórios
Esses ganhos dependem da integração entre dados, processos e liderança.
O fator humano nas decisões de alta pressão
Estudos em neurociência aplicada à gestão mostram que ambientes de alta pressão afetam diretamente a qualidade das decisões:
sob estresse contínuo, o cérebro pode reduzir em até 40% a capacidade de tomada de decisão estratégica
líderes em modo reativo tendem a priorizar curto prazo
excesso de estímulos reduz foco, clareza e capacidade analítica
A tecnologia acelera processos, mas decisões continuam sendo humanas.
Impacto direto na performance e nos resultados
Quando automação e IA não vêm acompanhadas de mudanças comportamentais e organizacionais, surgem efeitos como:
decisões atrasadas
baixa adesão das equipes
retrabalho
desperdício de investimento tecnológico
Empresas que alinham tecnologia, rotina clara e indicadores simples apresentam maior previsibilidade e consistência de resultados.
O novo papel das lojas físicas
O papel das lojas físicas até 2026 tende a se concentrar em:
experiência e relacionamento
apoio logístico (retirada, trocas e serviços)
integração com canais digitais
A tecnologia reduz fricções, enquanto pessoas sustentam a experiência.
Liderança como eixo da transformação
Pesquisas indicam que mais de 70% das iniciativas de transformação falham por fatores humanos, como resistência cultural, ausência de clareza e falta de acompanhamento.
Líderes preparados para operar sob pressão, alinhar equipes e tomar decisões baseadas em dados transformam tecnologia em resultado real.
Conclusão
O varejo brasileiro avança para um modelo mais integrado, orientado por dados e sustentado por tecnologia. Até 2026, competitividade será definida pela capacidade de integrar automação, inteligência artificial e comportamento humano.
Empresas que desenvolvem lideranças preparadas para esse cenário tendem a ganhar eficiência, margem e sustentabilidade no longo prazo.
Fontes e Referências
- IBGE – Pesquisa Mensal do Comércio (PMC)
- Confederação Nacional do Comércio (CNC)
- Centro de Excelência em Varejo – FGV EAESP (FGVcev)
- McKinsey & Company – Relatórios sobre IA no varejo e produtividade
- PwC – Insights NRF Retail’s Big Show
- FGV/IBRE – Estudos sobre adoção de IA no Brasil



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